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“O meu primeiro pensamento corre na realidade congregacional do Brasil que pretendo socorrer com particular solicitude”. É esta a urgência com a qual Pe. Eduardo Rota, logo após ser eleito Superior geral olhou o Brasil, à Congregação que lá trabalha e ao seu povo. Este serviço foi caracterizado por dois acontecimentos: a celebração do primeiro Capítulo extraordinário de Delegação (Jandira 10—13 de janeiro de 1997) e o início do Projeto África (07 de agosto de 1997), o qual contribuiu a solicitude dos missionários brasileiros. O acontecimento do primeiro Capítulo extraordinário de delegação quis ser como uma continuação e o complemento do Capítulo geral de Congregação de 1995. Naquela Assembléia foi reproposta a pergunta de fundo: o que significa ser missionário Sagrada Família? E, sobretudo: como fazer crescer uma consciência coletiva ‘missionária’, para uma liberdade de coração mais autêntica? O debate que se desenvolveu procurou indicar algumas respostas, traçar algumas estradas a serem percorridas. O missionário Sagrada Família é um consagrado que quer doar a si mesmo a Deus e aos irmãos. Anuncia aquilo que ele viveu e experimentou: o mistério de Jesus, Maria e José, vive um testemunho que dá espaço à ação de Deus, ao anúncio do carisma, à comunhão com as irmãs da Sagrada Família, à justiça e à solidariedade, à acolhida e o socorro, à educação e à família. O início do projeto África coloca-se no caminho de uma requalificação da missão na Congregação. Fomos à África porque é o continente mais pobre do mundo e porque o Papa sugeriu exprimir a novidade do Evangelho em meio aos pobres. Depois dos aprofundamentos necessários a respeito do projeto e a assimilação do seu caráter promissor, a faísca que acendeu o fogo da solidariedade carismática emanou-se vigorosa e logo colocou à disposição pessoal qualificado para esta nova fronteira onde revitalizar o conteúdo de gratuidade, de solidariedade evangélica, de paternidade espiritual, de anuncio da experiência evangélica da Fundadora: dar futuro a quem não tem futuro. Estes acontecimentos, juntos àqueles mais modestos e ordinários da urgência quotidiana, abrem horizontes para cada religioso da Sagrada Família que descobre na Congregação um lugar habitável ‘para quem não tem futuro’.