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 Um homem incômodo. Um viajante na vida, sempre em busca de alguém e de alguma coisa que pudesse tornar-se concreto testemunho da sua fé, assim podemos delinear a pessoa de padre Pedro Ranghetti, morto no Brasil em pleno serviço a fé, em Maio de 1993. uma fé e uma que não foi poupada nem pelas provações nem pelas decepções. Sustentada pelos grandes ideais, mas cercada pela solidão. E, em particular essa ultima realidade é o que mais provoca a nossa reflexão. Os homens solitários são muitos, todos um pouco são solitários e nessa solidão os homens amadurecem escolhas de identidade e de pertença. São essas escolhas que tornam-se lugar de comparação e de dialogo entre os homens, entre os religiosos da mesma família e filhos da mesma mãe. Conciliar a identidade e a pertença de um homem e de um religioso, superando a retórica é deixar-se provocar pela féque sustenta e orienta as escolhas concretas da vida. É como fazer o exame de consciência para renovar a fé porque sempre melhor seja vivida na comunhão e na solidariedade. Padre Pedro escreveu em algumas anotações: “não existe nenhum bem que não seja concreto”. Nós acreditamos que também a morte traz consigo uma semente de bem, que, porém, necessita sempre do discernimento, da conversão e da humildade para que não seja dispersada, mas cresça até amadurecer. E nenhuma vida vivenciada em Cristo é inútil ou estéril, nenhum preço pago pela fidelidade e a coragem de anunciar o Evangelho da Caridade entre os homens, permanece sem fruto. Nós lembramos com orgulho e carinho este coirmão às vezes original, mas sempre capaz de pagar pessoalmente pela suas escolhas e a solidão de uma fé que busca o sentido da vocação que Deus doa a cada um para o mundo inteiro.