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A partir do sonho de nossa Santa Fundadora, de uma colaboração mútua entre os religiosos e religiosas da Sagrada Família este período de Noviciado que compreenderam três semanas de convivência mista e internacional, foi de uma extrema riqueza, de Graças Divina e de interação conjunta. Foi um momento de crescimento pessoal e comunitário, humano e espiritual, um “abrir as portas” para uma nova realidade em futuras relações comunitárias. Oportunamente, segundo este tempo de graça transcorrido, percebemos a necessidade de avaliarmos esta agraciada experiência. Reconhecemos a importância de um primeiro contato como possibilidade de um conhecimento e entrosamento, favorecendo uma melhor partilha de experiências de vida. A riqueza de confrontar na vivência as três culturas (brasileira, italiana e moçambicana), conhecer a realidade de uma e de outra parte, onde as congregações estão exercendo as suas missões. Destacamos a importância da presença de Jacinto como expoente da cultura moçambicana, proporcionado-nos um maior conhecimento da realidade cultural de Moçambique, contribuindo para uma visão dos mesmos desafios enquanto Igreja universal. A boa convivência testemunhada nos ajudou no processo de “socialização” e de interação entre o grupo, nos proporcionando um enfretamento de tendências equivocadas como o machismo, o feminismo, o clericalismo, ou a antiga forma de colaboração entre gêneros que não convém mais, como plena expressão do carisma cerioliano. A relação com as Irmãs ajudou a abrir os horizontes dos noviços e a perceber como as irmãs vivem o carisma cerioliano, o que de certa forma é uma valia para as próximas relações fraternas A relação do masculino e do feminino é de complementaridade, o que se manifestou de forma clara em nossas orações (meditações) que atingiram o nosso emocional e racional, o teórico e a práxis cotidiana. A breve relação de ambos os gêneros favorecerá, se houver a possibilidade, de uma boa convivência entre os mesmos, em uma comunidade mista ou na fraternidade congregacional, que não depende necessariamente de uma comunidade mista. As formações foram momentos propícios para uma frutuosa e sincera partilha de experiências e realidade subjetivas, um espaço de diálogo e abertura, onde tivemos a oportunidade de confrontar problemas pessoais e comunitários, provocados pelo documento A vida Fraterna em Comunidade, tais como o individualismo que atenta contra a fraternidade, temos consciência da necessidade de superar esta cultura do individualismo para melhor promove a comunidade. A autoridade por sua vez deve garantir a autonomia, a comunhão e a responsabilidade de todos os religiosos (as), da mesma forma, a comunicação tomou grande espaço em nossas reflexões, como um desafio em uma sociedade que oferece meios tecnológicos de alto e rápido alcance, que favorecem ou destroem a nossa vida fraterna. A metodologia utilizada para promover os encontros formativos, conduzidos por um dos mestres (a), promoveu um grande momento de partilha e abertura ao diálogo, levando ao encontro de nossas limitações e fragilidades diante da cultura do hedonismo e consumismo, que sutilmente se instala, mesmo que, contraditoriamente no seio da vida religiosa. Discutimos que é preciso estar atentos a alienação dos meios de comunicação e o apego a estes, porém, reconhecemos que o bom uso destes favorecem a evangelização e formação dos nossos destinatários. Diante da experiência vivenciada ressaltamos algumas sugestões a serem refletidas para um próximo Noviciado Internacional Misto, como a necessidade de um período mais longo de vivência fraterna e formativa, uma maior concordância e aproveitamento do tempo da parte dos mestres (a) para com os noviços, permanecendo a abertura e dialogo entre noviços e mestres ao retornarmos às nossas comunidades, mantendo a continuidade do método de formação e dos conteúdos tratados. Talvez para um melhor aproveitamento e rendimento dos noviços seria mais pertinente uma certa distinção dos outros formandos (as) para com o momento de espiritualidade, em especial as Missas, nos momentos de partilha. Desejamos também, termos a oportunidade de fazermos um noviciado completamente internacional e misto, com plena comunhão de mestres (as); com noviços e noviças de todas as regiões em que se encontra a Congregação. Como centro de nossas reflexões percebemos a necessidade da vida Religiosa ser exemplo de fraternidade, e principalmente nós que possuímos o carisma da Sagrada Família de Nazaré darmos testemunho da familiaridade. Concluindo esta experiência de Noviciado Internacional Misto, não nos resta outro desejo, senão aquele, de agradecimento, primeiramente a Deus, que nos possibilitou de estar com seu Filho e participarmos daquela comunhão que somente Ele nos proporciona na ação do seu Espírito. Agradecemos aos nossos (a) Mestres (a), Ir. Eurides, Pe. Gian Marco e Pe. Roberto e, por nos permitir de testemunharmos este momento de fraternidade. Ainda, agradecemos a todas Irmãs da Sagrada. Família de Moc por nos acolher em vossas casas. Que nossa Santa Fundadora, Paula Elisabete, nos de a graça de continuarmos e vivermos tudo aquilo rezado e experienciado nestes dias. Sem mais: Alexandre Surdi Diego Gabriel Jacinto Alberto Janaine Luis Fernando Maria da Paz Participação especial da religiosa Josiane.