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homília exéquias pe. Italo

Homilia exéquias pe. Italo Fani

17 de julho de 2013

 

Umas das palavras que caraterizavam a sua maneira de falar e de se relacionar com as pessoas era “escuta”, tradução do italiano, o melhor ainda do florentino, “senti un po'”. Era uma maneira para se aproximar das pessoas, chamar a atenção deles e pedir alguns favor... nós queremos nos deixar convidar mais uma vez, hoje, a ESCUTAR, escutar a palavra de Deus, escutar, através da vida deste homem de fé, o convite à uma vida santa, escutar a familiaridade e o afeto que a comunidade cristão é capaz de expressar nos momentos mais fortes da vida.

“Escuta” era a primeira palavra do dia de Jesus, a sua oração como pio judeu ao Pai... “Escuta Israel, o Senhor é o teu Deus”. Queremos guardar esta sua expressão como um testamento vivo, como apelo cotidiano a nos colocar, como servos atentos, à disposição da Palavra de Deus.

E para viver desde já este covite, deixamo-nos, brevemente provocar por esta palavra de hoje.

A primeira leitura nos propõe a experiencia extraordinária de Moisés chamado por Deus a salvar o seu povo. Fugido do Egito para ter matado una guarda que maltratava um hebreu, encontra refugio na casa de Jetro. Um dia, enquanto levava o rebanho deserto adentro, Deus o chama através de uma sarça ardente que não se consome... é a mesma experiencia que está vivendo neste momento pe. Italo, está agora em frente ao verdadeiro AMOR que arde eternamente e nunca se consome... e como Moisés, também ele, tirou as sandálias... sim, tirou as sandálias e não foi fácil, não é fácil se despojar de todas as seguranças para estar na presença de Deus... é um caminho de humildade e humilhação... nos últimos tempos, deixou os interesses pelos eventos deste mundo, o poder que a fabulação do elóquio sabe criar sobre os outros, o orgulho que cuidar de si com autonomia, o exercício de um ministério que sempre amou... deixou tudo e se entregou, com uma carne marcada pela doença, nas mãos de Deus... agora está ajoelhado, nu, sem sanda lias, na terra abençoada, em frente ao Deus da misericórdia... Possa o nosso Deus, dizer como a Moisés: “esta é a terra que prometi a Abraão, Isaac, Jacó, dizendo-lhes: “eu darei à tua descendência'.

 

A respeito da vida de pe. Italo, muitas seria as coisas a dizer... como não poderia ser diferente, quase noventa anos de vida e mais de 70 de vida religiosa. Próprio sábado passado, 13 de julho ele celebrava os seus 70 anos de vida religiosa... um exemplo luminoso.

Gostaria fazer uma ressonância de algumas sua caraterísticas e virtude, unicamente lendo alguns traços de mensagens que nestes dias chegaram de pessoas que o conheceram mais do que eu:

 

Ontem, Dom Ottorino Assolari, bispo de Serrinha, onde pe. Italo, passou os últimos 6 anos do seu ministério, na homilia, falando dos primeiros anos de apostolado na Itália, assim dizia:

“Homem, reto, de muita sabedoria e inteligencia, de grande paixão pelo estudo, a pesquisa, de um rigor moral exemplar. Em Roma, ele foi, por muitos anos, responsável da formação dos seminaristas. Foi um tempo precioso. Com segurança e seriedade nos apresentava o caminho que estariamos para assumir depois da ordenação. Chegava a dizer, para impulsionar o nosso testemunho fiel, “até as extremas conseguuencias”. Sempre admirei esta postura dele.

 

Um outro nosso bispo, que ficou ao seu lado alguns anos, Dom Ettore Dotti, assim lembra dele:

“Entre as firmes  ideias ficarão como eterna memória da Congregação e no coração de todas as pessoas que o conheceram, o carinho, a dedicação e a sabedoria com que acolhia as pessoas e tratava os assuntos com os quais o procurávamos para ouvir uma orientação, para receber a absolvição das falhas cometidas ou para reforçar a fé.  E é sobretudo falando em fé que fica para todos marcado quanta confiança ele tivesse no Espírito Santo, na Eucaristia celebrada cotidianamente e na certeza nos planos de Deus.  Sua fidelidade ao breviário, à reza do terço, às muitas leituras espirituais, às reflexões o fizeram verdadeiro homem de Deus e amigo dos homens. Na mente e no coração nunca envelheceu: só as forças físicas não o acompanharam, mas seu jeito simpático, jovem e nobre permanecerão para sempre.

Assim gostaria que o lembrássemos: modelo de vida e de oração, nós seus coirmãos, e homem abençoado por Deus todos os que tiveram a graça de o conhecer”.

 

O nosso superior geral, recém eleito, pe. Gianmarco Paris, assim fala de padre Italo que na Congregação da Sagrada Família recobriu encargos muito relevantes como Vigário geral, delegado do Brasil e formador:

“Testemunha fiel de Cristo, dedicou toda a sua vida ao Evangelho. Religioso apaixonado pelo carisma da nossa Santa Fundadora, Paula Elisabete Cerioli, estudou, amou, e difundiu a sua espiritualidade tanto na Italia como no Brasil. Publicou estudos muito interessantes sobre a experiencia espiritual dela e trabalhou para dar uma identidade à Congregação depois do Concilio Vaticano II, sobretudo na extensão das novas Constituições. Homem de profunda sabedoria pode ser considerado um mestre espiritual da nossa família religiosa”.

 

Termino esta homilia com as palavras o melhor seria dizer a oração, da sua família de origem. Assim escreve uma sua sobrinha, Lucia Baroncelli, que sempre o acompanhou:

 

Obrigado, Senhor, pelo dom da vocação sacerdotal concedida a nosso irmão e tio, pe. Italo. Ele, na plena aderência à escolha da vida religiosa, expressou fidelidade e amor ao teu Evangelho e sempre operou para testemunhar o Senhor.

Nos fará muita falta o seu apoio moral, o seu profundo afeto e a sua proximidade (mesmo que de longe) nas muitas situações que a vida encontra.

Te pedimos de acolhê-lo nos teu braços misericordiosos até que possa gozar da paz reservadas aos justos, na luz do teu Reino celeste. Sustenta e protege a Congregação da Sagrada Família, por ele escolhida como sua verdadeira família e fortemente amada.

Nunca o esquecerão, com muito afeto, a irmã Marina e os sobrinhos todos.

 

Também nos, querido padre Italo, nunca te esqueceremos...

Pe. Ettore pároco de Serrinha

posse_ettoreNuma igreja lotada de fieis, com a alegria que carateriza o povo bahiano, tomou posse da paróquia Bom Pastor em Serrinha, o novo pároco, padre Ettore Dotti. Depois de muitos encargos na Congregação e em especial modo na Região brasileira, e depois de ter acompanhado por muitos anos os jovens na formação, hoje começa uma nova etapa de sua vida ministerial. O bispo, dom Ottorino Assolari, que presidiu a celebração, lembrou na homília como o sacerdote tem que ser profeta da lamentação, ministro da consolação e diácono da ressureição.