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Missionários

Pe. Manfredo Schubiger

 Testemunho missionário por poucos dias: pe. M. Schubiger GianFranco Schubiger Manfredo nasce a Bérgamo em 1926 onde em 25 de Março de 1950é ordenado sacerdote diocesano. Como tinha um grande interesse e amor pelas obras missionárias e pela difusão da fé trabalhou entre outras coisas como secretario do Ofício missionário da diocese. No 1967 iniciou o caminho que lhe levou fazer parte da congregação da Sagrada Família. O superior geral pe. Angelo Ubiali e os coirmãos o acolheu com afeto. Em uma sugestiva cerimônia é destinado ao Brasil. A sua alegria manifestada em uma carta era grande: “é chegado também para mim o momento de ser verdadeiramente missionário. Entrei na congregação da Sagrada Família e dentro de alguns meses partirei para o Brasil...”. Partiu de Genova no 27 de junho de 1967 com o navio “Giulio Cesare” desembarcou em Santos SP depois de treze dias e no dia 10 de julho chegou a Itapevi muito feliz, cansado e sobre tudo com muita sede. No domingo próximo, 16 de julho, celebrou com grande fervor pela ultima vez. Um dia depois, exatamente uma semana após sua chegada, pe. Manfredo é levado urgentemente ao hospital Matarazzo de São Paulo onde os médicos se deram conta que a sua doença era uma diabete fulminante em último estagio. Sabendo que o seu estado de saúde era grave disse aos médicos: “vos agradeço por tudo aquilo que fizeram, mas me deixe morrer em paz. Se esta é a vontade de Deus, eu serei muito feliz”. Depois de haver recebido a unção dos enfermos às 5:30 hs da terça feira pe. Manfredo dava o seu ultimo respiro. No discurso de obsequia pe. Romeu Mecca disse: “Uma coisa é certa: a vinda do pe. Manfredo não foi e nem será inútil. Lá de onde será sepultado continuará o seu apostolado. Aquilo que ele tanto havia sonhado... Digam a todos que não perdemos um coirmão, porque Deus o transformou em um Mártir... Digam a todos que a partir de agora realmente a Congregação colocou as suas raízes no Brasil porque sepultou um filho seu amado...”.

Pe. Ângelo Bertoli

“Sinto no meu coração uma grande e confiante esperança naquele Deus Pai que, querendo-me demasiadamente bem, faz-me dom de uma vida maravilhosa, ao criar-me, e me quis um dos seus íntimos amigos, por meio da consagração religiosa e sacerdotal. Em minha morte haja festa, porque termina o tempo da fé e da esperança, escancarando-se as portas do eterno amor. Rezem por mim diante do altar do senhor para que me acolha como pobre penitente, com seu abraço e beijo de perdão, no seu infinito amor de pai”. Ninguém pode ficar indiferente diante destas palavras do nosso pe. Angelo; todos devem assumindo o compromisso de fazer uma revisão de vida. Pe. Angelo ingressou na Congregação da Sagrada Família aos 17 anos, tornando-se religioso em 1939 e sacerdote em 1945.

 Dotado de caráter extrovertido exuberante, venceu as dificuldades da vida, enfrentando suas lutas com decisão. Levando a imaginar coisas grandiosas, comunicava sonhos e criatividade qual fruto do seu gênio cheio de ardidez. Chegando ao Brasil em 1966, realizou grandes coisas, impressionando as pessoas pela sua vivacidade e vitalidade. Sua imagem e sua obra permanecerão ligadas para sempre à cidade de Jandira, tendo ele sido fundador e primeiro pároco da igreja matriz, dedicada a Nossa Senhora Aparecida, alem de ter iniciado a primeira escola profissionalizante na cidade. Ele acolheu em sua casa e criou, junto com a fiel Dona Grazia Faceti, missionária leiga que sempre trabalhou com amor ao lado dele, um razoável número de crianças, às quais deu futuro certo. Seu desejo era de imitar a Fundadora, que acolheu em seu palácio de Comonte as meninas mais pobres e abandonadas. Foi a maneira de expressar, por parte deles, consagrados ao senhor, uma paternidade e uma maternidade espiritual bem concretos, a fim de ajudar vidas sofridas, transformando-as em vidas cheias de dignidade.

Ao irmão dos pobres: Francisco Vecchi

Irmão Francisco Vecchi por trinta anos dedicou a sua vida em prol dos mais pobres e desamparados. Nasceu em Fiorentino Al Serio (Bérgamo) no ano de 1930. Após servir no Exercito, decidiu então de tornar-se Religioso da Sagrada Família. Ingressa no noviciado da congregação e no dia 19 de Março de 1963 faz a sua primeira profissão religiosa. Dois anos depois é enviado como missionário ao Brasil. Trabalha por 21 anos na paróquia São Judas Tadeu em Itapevi, a 40 quilômetros da Grande São Paulo. Seu trabalho consiste em ajudar no ministério paroquial o vigário pe. Romeu Mecca, mas cedo ele descobre a sua verdadeira vocação: trabalhar com os mais pobres e desamparados. Aqueles que atraídos pela miragem de um trabalho, deixam o interior para procurar um lugar melhor na grande cidade, e não encontrando nada, acabam vivendo marginalizados em barracos de madeira e papelão.A caridade de Ir. Francisco não conhece limites, na garupa da sua motoca, cheio de pacotes, passa os seus dias visitando pobres e enfermos, entregando cestas básicas e agasalhos aos muitos moradores das favelas que precisam de tudo. Além dos pobres, outras grandes paixões de Ir. Francisco são: as crianças e os jovens. Para eles cria momentos de lazer e de oração, assim que possam se formar como homens e como cristãos. Inventa o grupo dos coroinhas, que acompanhará pessoalmente, nos momentos de lazer brincando com eles e sempre providenciando uma boa formação humana e religiosa.Em 1984 o Bispo Diocesano de Osasco: Dom Francisco Manoel Vieira, o ordena Diácono permanente, ao fim de se dedicar mais intensamente ao serviço da Igreja local. Batismos, casamentos, visitas aos doentes, se tornam assim o novo compromisso, e o novo ministério de Ir. Francisco. Em 1985 deixa a querida Itapevi para trabalhar, por quase um ano em Irapuru (Alta Paulista), e de 1986 até sua morte (1995) trabalhará na paróquia de Assaí, no Paraná.

Um sinal de esperança: Pe Pietro Ranghetti

 Um homem incômodo. Um viajante na vida, sempre em busca de alguém e de alguma coisa que pudesse tornar-se concreto testemunho da sua fé, assim podemos delinear a pessoa de padre Pedro Ranghetti, morto no Brasil em pleno serviço a fé, em Maio de 1993. uma fé e uma que não foi poupada nem pelas provações nem pelas decepções. Sustentada pelos grandes ideais, mas cercada pela solidão. E, em particular essa ultima realidade é o que mais provoca a nossa reflexão. Os homens solitários são muitos, todos um pouco são solitários e nessa solidão os homens amadurecem escolhas de identidade e de pertença. São essas escolhas que tornam-se lugar de comparação e de dialogo entre os homens, entre os religiosos da mesma família e filhos da mesma mãe. Conciliar a identidade e a pertença de um homem e de um religioso, superando a retórica é deixar-se provocar pela féque sustenta e orienta as escolhas concretas da vida. É como fazer o exame de consciência para renovar a fé porque sempre melhor seja vivida na comunhão e na solidariedade. Padre Pedro escreveu em algumas anotações: “não existe nenhum bem que não seja concreto”. Nós acreditamos que também a morte traz consigo uma semente de bem, que, porém, necessita sempre do discernimento, da conversão e da humildade para que não seja dispersada, mas cresça até amadurecer. E nenhuma vida vivenciada em Cristo é inútil ou estéril, nenhum preço pago pela fidelidade e a coragem de anunciar o Evangelho da Caridade entre os homens, permanece sem fruto. Nós lembramos com orgulho e carinho este coirmão às vezes original, mas sempre capaz de pagar pessoalmente pela suas escolhas e a solidão de uma fé que busca o sentido da vocação que Deus doa a cada um para o mundo inteiro.